Conseguiram derrubar a obrigatoriedade do diploma de jornalismo. A decisão saiu dia 17 de junho de 2009, por 8 votos a 1. A alegação de Gilmar Mendes, relator do processo, é que o diploma limita a liberdade de expressão, como se os cidadãos realmente interessados estivessem impedidos de se expressar através dos meios de comunicação. No final das contas a decisão só serviu para causar comoção, desgaste e, na minha humilde opinião, há assuntos mais urgentes a serem discutidos, como a redução dos benefícios dos políticos profissionais, que recebem muito por tão pouco (com todo respeito aos que trabalham).
No continente europeu e nos Estados Unidos não existe a obrigatoriedade do diploma, é fato. Apesar disto, as empresas dão preferência aos profissionais formados por acreditarem que estes se encontram mais capacitados para o exercício sério da profissão. A discussão acerca do assunto gera opiniões extremas. De um lado, aqueles que acreditam que alguém que não tenha passado pela faculdade de jornalismo encontra-se totalmente incapacitado para exercer a função e, do outro, aqueles que defendem que qualquer um pode fazê-lo. Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.
Claro que podem surgir indivíduos, sem a formação em jornalismo, mas podem fazer tão bem ou melhor que muitos jornalistas habilitados, caso de grandes nomes como Carlos Heitor Cony (formado em filosofia mas aprendeu a prática nas redações), por exemplo.
No continente europeu e nos Estados Unidos não existe a obrigatoriedade do diploma, é fato. Apesar disto, as empresas dão preferência aos profissionais formados por acreditarem que estes se encontram mais capacitados para o exercício sério da profissão. A discussão acerca do assunto gera opiniões extremas. De um lado, aqueles que acreditam que alguém que não tenha passado pela faculdade de jornalismo encontra-se totalmente incapacitado para exercer a função e, do outro, aqueles que defendem que qualquer um pode fazê-lo. Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.
Claro que podem surgir indivíduos, sem a formação em jornalismo, mas podem fazer tão bem ou melhor que muitos jornalistas habilitados, caso de grandes nomes como Carlos Heitor Cony (formado em filosofia mas aprendeu a prática nas redações), por exemplo.
É importante lembrar, no entanto, que estes casos são exceções raríssimas. Teriam que nascer muitos “Carlos Heitor Cony” para dar conta da demanda jornalística e substituir profissionais formados. Não existem normas específicas da profissão e um código de ética à toa. A decisão do Supremo Tribunal de Justiça foi um deboche claro de quem vê a produção da informação como coisa secundária.
Como Alberto Dinnes disse tão bem no site Observatório da Imprensa, a obrigatoriedade do diploma nunca serviu de obstáculo para que outros cidadãos exercessem o direito à produção de informação, mas garantia a qualidade deste que é um bem de toda a sociedade. O Jornalismo sempre enfrentou problemas, é verdade. Desde a lei da mordaça utilizada por alguns como forma de tentar nos inibir, seja através de ameaças de demissões (via os mais diversos tipos de lobbyes), seja pela censura explícita de determinados veículos. Apesar disso havia ao menos a certeza de que estávamos lidando com profissionais prontos para aquelas situações, para apurar e levar a informação mais próxima da realidade quanto possível.
Apesar da decisão do STF, que para mim é um enorme retrocesso, pouca coisa deve mudar. A função não será dada a qualquer um que ache que pode, é necessário mérito, não mero “achismo”. Lidar com informação, traduzir o mundo de forma que as pessoas compreendam o emaranhado de coisas que acontece à nossa volta não é tarefa das mais fáceis. No entanto, se alguém, sem diploma de jornalismo, se mostrar digno da alcunha, que seja. Necessário frisar, mais uma vez, que bom jornalismo vai além de boa escrita e boa dicção. Acrescentandoi: base teórica é necessária sim, ao contrário do que alguns acreditam.
Como Alberto Dinnes disse tão bem no site Observatório da Imprensa, a obrigatoriedade do diploma nunca serviu de obstáculo para que outros cidadãos exercessem o direito à produção de informação, mas garantia a qualidade deste que é um bem de toda a sociedade. O Jornalismo sempre enfrentou problemas, é verdade. Desde a lei da mordaça utilizada por alguns como forma de tentar nos inibir, seja através de ameaças de demissões (via os mais diversos tipos de lobbyes), seja pela censura explícita de determinados veículos. Apesar disso havia ao menos a certeza de que estávamos lidando com profissionais prontos para aquelas situações, para apurar e levar a informação mais próxima da realidade quanto possível.
Apesar da decisão do STF, que para mim é um enorme retrocesso, pouca coisa deve mudar. A função não será dada a qualquer um que ache que pode, é necessário mérito, não mero “achismo”. Lidar com informação, traduzir o mundo de forma que as pessoas compreendam o emaranhado de coisas que acontece à nossa volta não é tarefa das mais fáceis. No entanto, se alguém, sem diploma de jornalismo, se mostrar digno da alcunha, que seja. Necessário frisar, mais uma vez, que bom jornalismo vai além de boa escrita e boa dicção. Acrescentandoi: base teórica é necessária sim, ao contrário do que alguns acreditam.
6 comentários:
Deff, o jornalista é peça fundamental na preservação da liberdade de expressão, logo, essa peça tem que primar pela qualidade ou então a engrenagen degringola. Esforço ajuda, mas só ajuda. Exceção é simplesmente...exceção! Mais uma presepagem dos nossos representantes gradissíssimos filhos de uma puta!
Entendo que para se trabalhar nas "grandes empresas de jornalismo", talvez o diploma não seja mesmo necessário. Não porque a formação não tenha importância, mas porque NÃO existe liberdade de expressão nos grandes canais de mídia.
Por outro lado, acho que o jornalismo (o de verdade) é pura doação; muito mais que uma profissão! Talvez este fosse um bom argumento para acabar com o diploma, mas penso justamente o contrário. Acho que o jornalismo realmente independente só pode ser feito com o apoio da formação acadêmica. Impossível explicar o porque nesse espaço para um comentário! É papo para horas no boteco. Hehehe...
Abração pra você, Roger!
Concordo em gêneró, número e grau SHabê. Excessão é só excessão e pronto. Tentar transformar isso em regra é forçar, e muito a barra.
Preguiça... na falta de termo melhor pra definir minha decepção com essa decisão absurda.
Guilherme, grande brother. Concordo com vc também. Confesso que tenho mais dúvidas que certezas neste caso, mas não acho que tenham decidido acertadamente.
É algo a se pensar realmente. Sem a formação acadêmica, que discute as especificidades da comunicação de uma forma geral, você pode até ter um bom redator, um bom locutor e um bom articulista, mas na minha opinião é só. Ser jornalista é mais do que isto e alguém vindo de outra formação dificilmente entenderá isso. Como vc disse, papo pra horas de buteco, que aliás temos que marcar...
Parceiros, mais uma vez, obrigado pelos comentários e por visitarem este espaço.
Abs!
Fala Deff!
A decisão é absurda! Me faz pensar sobre a qualidade mais do que suspeita dos homens de toga que representam o órgão máximo do poder judiciário deste país.
Um abraço,
E bota suspeito nisso Rafa...
Valeu brother!
Como disse o Chico:
"Parteiro agora é obstetra"
Achei um absurdo, afinal...gastamos tanto na faculdade, os salários são defasados e ainda essa desvalorização da profissão.
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