Osama Bin Laden, outrora o terrorista mais procurado do mundo, está morto (ou não).
É o assunto do momento em todos os meios de comunicação, de grandes jornais a blogs despretensiosos como este. Ironicamente os dois últimos presidentes norte americanos devem muito à Osama. Tanto o belicista (e fundamentalista) George “son” Bush, quanto Barack Obama.
Basta avaliar os dois contextos. George estava fadado a entrar pra história apenas como o segundo Bush a ocupar a Casa Branca e, claro, como o presidente norte americano com o menor QI até então, isso sem falar de sua fama como “trombadinha eleitoral”.
Sua sorte mudou com o famigerado ataque às Torres Gêmeas. Daquele dia em diante George Bush assumiu sua legítima vocação de Cowboy texano e passou a brincar de John Wayne com Bin Laden. A guerra deu ao governo Bush alguma relevância para o povo estadunidense.
Em um período dominado pelo medo e pelo ódio, saber que o seu presidente está apto para atirar primeiro e perguntar depois trazia um certo alívio para a população americana. Tanto que as pessoas, em sua maioria, nem questionaram a moralidade de” uma” Guantanamo.
O Caso de Obama parece seguir um paralelo semelhante. Eleito com euforia após o desastroso governo Bush, Obama foi recebido pelo mundo com entusiasmo. Simbolicamente, ele parecia romper toda a tradição política americana, tanto pelo fato de ser um homem negro, quanto por ser um democrata que aspirava a cadeira que há anos era ocupada pelos republicanos, com tendências mais conservadoras no contexto político americano.
Obama chegou à Casa Branca com um nível elevado de popularidade, o que não se manteve nos meses que se seguiram já que ele não conseguiu lidar com os problemas econômicos internos, como desemprego e preços altos de bens como a gasolina. Com claras intenções de se reeleger, Obama não contava com o apoio da maioria da população, até o anunciar a morte de Osama Bin Laden, principal nome da Al Qaeda até então.
Assim como seu antecessor, Bush, Obama pode ter sido beneficiado pela existência de Bin Laden, o que pode lhe garantir um segundo mandato. Com o ufanismo norte-americano mais aceso do que nunca, ele parece ter ganhado pontos consideráveis para a futura corrida presidencial. Só faltou mostrar o tal corpo do Osama.