Amarildo, ajudante de
pedreiro, outrora anônimo, cujo nome virou sinônimo de marginalizados que
engrossam as estatísticas dos desaparecidos nas favelas brasileiras. Os demais “desaparecidos”
sequer têm nomes ou rostos.
Essa semana outro nome virou sinônimo de brutalidade nas
periferias dos grandes centros: Cláudia Silva Ferreira, mulher de 38 anos,
moradora do Morro da Congonha (RJ) baleada e depois jogada no porta-malas da
viatura que abriu e arrastou seu corpo por vários metros.
Ouvi pelo noticiário que vão investigar o motivo do porta-malas
se abrir durante o trajeto quando os questionamentos mais básicos não estão
sendo feitos. Os policiais abriram fogo de forma irresponsável em uma comunidade
sem se preocuparem se alguém poderia ser atingido. Nada novo, a história é
velha e não será a última ocorrência. A segunda questão é o descaso com que Cláudia
foi tratada, jogada no porta-malas da viatura... Não é apenas descuido é
descaso. Tudo motivado pela certeza de
que ali, naquele local, residem grupos humanos (ou nem isso) menos dignos de
respeito. Antes de criar unidades
pacificadoras é necessário humanizar a polícia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário