O jargão “viver é uma arte” é dos
mais verdadeiros e não é, de forma alguma, uma arte fácil. A vida não é preto branco, boa
ou má, é tudo isso e todas as variações que existem entre um extremo e outro. E
ao mesmo tempo não há classificação possível nessa curta, estranha, empolgante,
assustadora e bela experiência da existência... Não há manual de instruções,
não há fórmula, não há nada disso. E não há nada que nos prepare, não há atalho,
só é possível viver... De preferência sem medo, às vezes saltando com o vagão
ainda em movimento porque cada estação que se vai é única, não volta e só é
possível saber se é a certa ou não no risco, sem o qual vamos ver a história passar
pela janela. E essa divagação barata sobre a vida? É apenas uma repetição do
óbvio, mas até isso precisa ser dito de vez em quando. Eternidade é mera
abstração e, definitivamente, é algo que não temos.
Gonzaguinha disse bem: "Viver e não ter a vergonha de ser feliz"
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